Economia

Após 5 meses de ganhos, Wall Street encerra abril em queda

A Bolsa de Nova York encerrou abril no vermelho após fechar em baixa nesta terça-feira (30), antes da decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) sobre suas taxas de...


SPENCER PLATT –
Bolsa de Valores de Nova York

A Bolsa de Nova York encerrou abril no vermelho após fechar em baixa nesta terça-feira (30), antes da decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) sobre suas taxas de juros e após cinco meses de ganhos.

O índice Dow Jones perdeu 1,49% para 37.815,92 pontos, enquanto o Nasdaq aprofundou sua queda no final do dia com 2,04% para 15.657,82, e o S&P 500 cedeu 1,57% para 5.035,69.

“Tivemos quatro dados hoje” sobre a economia americana, disse Steve Sosnick, da Interactive Brokers, à AFP. “E nenhum foi favorável ao mercado de ações”.

Antes da decisão do Fed sobre suas taxas de juros, o índice de custo de emprego cresceu mais do que o esperado no primeiro trimestre, 1,2%, o maior dado em um ano e meio.

Além disso, os preços imobiliários do índice Case Shiller, muito acompanhado pelos mercados, subiram 6% interanual em fevereiro, devido à escassez de unidades disponíveis.

O índice industrial de Chicago caiu novamente para 37,9 pontos, pelo quinto mês consecutivo de retração.

Além disso, a confiança do consumidor na economia, medida pelo instituto empresarial Conference Board, caiu para 97 pontos em abril, em comparação com os 103,5 esperados pelo mercado. É o nível mais baixo em 17 meses.

“Nenhum desses dados configura um bom cenário para as ações. Não estou dizendo que a estagflação (inflação e estagnação econômica) está aqui, mas admito que estou usando a palavra com mais frequência”, sugeriu Sosnick.

Nesta quarta-feira, o Fed publicará sua decisão sobre as taxas de juros de referência, e o mercado espera que elas permaneçam nos níveis atuais, de 5,25-5,50%, os mais altos em mais de 20 anos.

Entre as empresas, a Amazon divulgou resultados após o fechamento e registrou uma receita de 143,3 bilhões de dólares (R$ 741 bilhões) no primeiro trimestre, com um lucro líquido de 10,4 bilhões de dólares (R$ 53,7 bilhões), ambos resultados superiores ao esperado pelo mercado.

A gigante mundial de comércio eletrônico e da nuvem deve este avanço principalmente aos ganhos da AWS, sua divisão de computação em nuvem, que se beneficia da demanda das empresas por serviços online e inteligência artificial (IA)

Suas ações subiram nas negociações eletrônicas fora do horário comercial em Wall Street.

A Starbucks caiu 8,46% após o fechamento, depois de anunciar uma queda de 4% no faturamento no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.

Os laboratórios Eli Lilly (+5,95%), 3M (+4,72%) e Coca-Cola (-0,44%) todos divulgaram resultados acima do esperado.

O McDonald’s, por sua vez, caiu 0,19%, com resultados positivos no primeiro trimestre, mas afetados pelo conflito em Gaza.

A gigante de ‘fast food’ foi alvo de críticas depois que sua franquia em Israel decidiu oferecer, em novembro, comida gratuita ao exército israelense.

O grupo anunciou em 4 de abril um acordo para comprar a operação do grupo Alonyal – proprietário de 225 restaurantes franqueados em Israel – que administrava há mais de 30 anos.

Segundo a empresa, o efeito do boicote também é sentido em países predominantemente muçulmanos, como Malásia e Indonésia, ou com uma significativa população muçulmana, como a França.

Aproximadamente 95% dos mais de 42.000 restaurantes McDonald’s localizados em 115 países são franquias que pagam royalties ao grupo após comprar a licença da marca.

AFP

 

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