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Rita Cadillac chega aos 70 faturando alto ao produzir conteúdo adulto: ‘Tem um cara que me pede sempre ensaio no cemitério. Coisa de doido!’

A artista não revela o valor exato que já faturou; diz apenas que 'está dando para viajar para Nova York de vez em quando': 'Tenho assinantes diversificados. Eu tento realizar alguns desejos'

Assim como na canção “É bom para o moral”, que diz “Você tem que se agitar / Não se deixe esfriar”, Rita Cadillac nunca deixou que as oportunidades escapassem entre seus dedos. Nesta quinta-feira (13), a cantora completa 70 anos com uma vida repleta de viradas. As duas primeiras décadas não foram fáceis. Além de não ter conhecido o pai, teve a mãe ausente, sendo criada pela avó materna. Também enfrentou dificuldades num casamento precoce, aos 15, quando foi abusada pelo marido. Mas a vida lhe sorriu quando decidiu deixar a família e seguir sua vida. Ao virar dançarina, se tornou nacionalmente conhecida como chacrete, nos programas de auditório do Chacrinha, entre as décadas de 70 e 80. Daí em diante, não parou mais. Hoje, sua história é vista como inspiração para muitas mulheres.

— Eu me sinto muito honrada sabendo que muitas pessoas se inspiram em mim, sabem que uma mulher sozinha pode superar muitas coisas e lutar. Nunca escondi nada. Por incrível que pareça, acho que 90% (das pessoas) me aplaudem; 10%, não. Quando alguém me conhece pessoalmente e vê quem eu sou, acaba mudando de ideia se tinha alguma questão comigo. Muita mulher vem falar comigo que sou inspiração, assim como os gays também falam que sou inspiração de luta e quebra de barreiras. Sempre brinquei falando que minha casa é uma embaixada gay! A maioria dos meus amigos é gay. Tento brigar pelo direito deles de ter uma vida digna, de casar, de ter filhos… — afirma a artista, que faz uma avaliação positiva sobre sua trajetória: — Estou me sentindo maravilhosamente bem. Tenho 70 de cronologia, porém, de cabeça, eu continuo jovem, bem. Avalio que a minha vida foi ótima, está sendo ótima e vai continuar sendo, porque até os 100 eu chego, tá? Da minha vida inteira, eu sempre tirei coisas boas. O melhor da vida foram os amigos que fiz. Coisas ruins a gente joga para o lado, joga debaixo do tapete, e tá tudo certo.

Ao longo dessas sete décadas, Rita se virou como podia e fez (e faz) muito sucesso. A eterna chacrete, marcada pela música “É bom para o moral”, que completou 40 anos, até hoje é contratada para festas de aniversário, de casamento e de empresas, e a canção nunca pode ficar de fora.

— É legal ver que depois de 40 anos a música ainda faz sucesso. Onde quer que eu vá, me pedem pra cantar. Se não cantar, me matam (risos)! Nunca tive medo de trabalhar. Se eu ficar sem trabalho, eu morro. É uma parte bem importante para mim. Quem não está produzindo, acaba ficando doente, porque acaba adoecendo principalmente a mente. Sem trabalho, eu não sou nada — afirma ela, que também já foi candidata à vereadora em Praia Grande, São Paulo, mas não foi eleita: — Isso entrou por um acaso em minha vida. Me convidaram, e eu falei: “Ah, vamos ver”. Depois, vi que não era para mim. Se eu continuasse com a política, eu ia acabar morrendo! Eu não consigo calar muito a boca, eu não tenho filtro. Não era a minha praia. Resolvi brigar por fora, quietinha. Não entraria na política só pra ganhar dinheiro.

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