Às vésperas do Mundial de Clubes, uma pauta costuma ser recorrente: os europeus levam a competição a sério? Ela é alvo de desejo dos jogadores? Apesar das dez edições seguidas vencidas pelos representantes da Uefa, uma resposta definitiva ainda não está na boca do povo.
Pelo lado do Manchester City, alguns fatores deixam a competição ainda mais especial: é a primeira vez do clube disputando o torneio organizado pela Fifa e, além disso, de todo o elenco atual da equipe de Guardiola, apenas Kovacic já disputou e venceu o Mundial em outras oportunidades. A questão é que o City não tem mais tempo para displicência.
Apesar de que Guardiola certamente iria preferir estar descansando seus jogadores para o agitado período festivo de fim de ano da Premier League, o time de Manchester precisa mostrar uma reação e essa mudança de atitude só virá dentro de campo.
Na vitória contra o Urawa Reds pela semifinal, Guardiola viu dúvidas e certezas mais uma vez. Apesar de enfim voltar a não tomar gol após 42 dias, a defesa mostrou certa insegurança em erros individuais. Ao mesmo tempo, John Stones e Bernardo Silva mostraram o caminho para maior controle no meio-campo, enquanto Matheus Nunes e Kovacic deram esperança de dias melhores participando de gols.
Problemas na frente e atrás O City chegou ao Mundial tendo apenas uma vitória em seis rodadas de Premier League. No período tomaram três gols do Tottenham, quatro do Chelsea, foram dominados pelo Aston Villa e cederam empate ao Crystal Palace de forma infantil, entregando pênalti no fim. Para responder a isso, Guardiola sacou Ruben Dias e Gvardiol e optou por Akanji, John Stones e Aké na linha defensiva.
Ofensivamente os gols vem saindo, mas o City sofre com a ausência de Kevin De Bruyne e com a perda de Gundogan. Pep ainda não achou a escalação ideal dos companheiros de Rodri no meio-campo, mesmo com Phil Foden fazendo boa temporada, atuando cada partida em função diferente. Matheus Nunes e Kovacic, importantes na vitória contra o Urawa, ainda precisam mostrar serviço – até por isso chegaram a ficar no banco para o jovem Rico Lewis na Premier League.
Se o City deseja voltar a seu melhor nível ainda nesta temporada e lutar para defender os seus títulos conquistados em 2023, não há mais tempo a perder. Guardiola precisa de respostas e mostra estar disposto a modificar o time sempre que necessário para encontrá-las. Logo, é melhor o Fluminense focar em fazer o seu jogo e explorar as debilidades atuais do City do que esperar que o clube inglês entre em campo desconcentrado e displicente.
O Gol
