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Coreia do Norte lança novos mísseis de cruzeiro após série de testes de armas em janeiro

A Coreia do Norte disparou neste domingo (28) vários mísseis de cruzeiro, quatro dias após outros disparos de Pyongyang em direção ao Mar Amarelo. A informação foi confirmada pelo Exército sul-coreano.


Canal de TV sul-coreano mostra imagem de lançamento de mísseis de cruzeiro norte-coreanos neste domingo (28)
 AP – Ahn Young-joon

De acordo com um comunicado divulgado pelo Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, vários mísseis de cruzeiro não identificados foram disparados perto das águas que cercam a região norte-coreana de Sinpo, às 8h00 deste domingo.

Coreia do Norte intensificou os testes de armas em janeiro, incluindo o que chamou de “sistema de armas nucleares subaquáticas” e também lançou um míssil balístico hipersônico, que utiliza combustível sólido.

O lançamento está sendo analisado pelas autoridades de inteligência do Sul e dos Estados Unidos, que também “monitoram outros movimentos e atividades da Coreia do Norte”, segundo a Coreia do Sul.

Ao contrário dos mísseis balísticos norte-coreanos, os testes de mísseis de cruzeiro não estão proibidos pelas sanções da ONU. Eles voam a uma altura menor que os mísseis balísticos, o que dificulta a detecção e interceptação.

Pyongyang anunciou na quinta-feira que executou um dia antes o primeiro teste de uma nova geração de mísseis estratégicos de cruzeiro, o Pulhwasal-3-31.

O teste foi parte de um “processo de constante atualização do sistema de armas e uma atividade regular e obrigatória”, afirmou a agência oficial KCNA. A agência não divulgou quantos mísseis foram lançados na ocasião.

As tensões entre as duas Coreias aumentaram nos últimos meses. Os dois países inimigos renunciaram aos acordos em 2018 para prevenir incidentes armados, reforçaram os meios militares na fronteira e realizaram exercícios de artilharia de munição real perto de ambos territórios.

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Ameaças de guerra

Na semana passada, o líder norte-coreano, Kim Jong Un, disse que o Sul era o “principal inimigo” de seu país. Ele dissolveu as agências governamentais dedicadas à reunificação e aos contatos com o Sul e ameaçou declarar guerra se seu vizinho invadisse seu território “até 0,001 mm”.

Ele também pediu mudanças constitucionais que permitam ao Norte ocupar” Seul em caso de guerra, de acordo com a agência oficial de notícias KCNA. No final de dezembro, o líder norte-coreano ordenou a aceleração dos preparativos militares para uma “guerra” que poderia “ser iniciada a qualquer momento”.

Ele denunciou uma “situação de crise persistente e incontrolável”, que ele disse ter sido iniciada por Seul e Washington e seus exercícios militares conjuntos na região.

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, alertou que Seul reagirá em caso de provocação, destacando as “capacidades de resposta esmagadoras” de seus militares.

Nos últimos meses, a Coreia do Norte intensificou os testes de armas proibidas pela ONU. A Coreia do Norte também conseguiu colocar um satélite espião em órbita no final de 2023, depois de receber, segundo Seul, assistência tecnológica da Rússia, em troca de entregas de armas para a guerra na Ucrânia.

Com informações da AFP

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