Telegram recorre de decisão judicial que bloqueou aplicativo no país
O diretor-executivo da plataforma, Pavel Durov, disse que vai 'defender a liberdade de expressão' dos usuários
Depois de sofrer um bloqueio no país, o aplicativo de mensagens instantâneas Telegram decidiu, nesta sexta-feira, 28, que vai recorrer da decisão. A medida foi anunciada pelo diretor-executivo da plataforma, Pavel Durov, que promete “defender a privacidade e a liberdade de expressão” dos usuários do Telegram.
“Entraremos com um recurso e vamos aguardar a decisão final”, afirmou Durov. Ele salientou que “não importa o custo, defenderemos nossos usuários no Brasil e seu direito à comunicação privada”. De acordo com o executivo da empresa, os dados solicitados são “tecnologicamente impossíveis de ser coletados” para que possam ser enviados à Polícia Federal.
Durov lembrou que, em outros casos semelhantes, a empresa deixou de prestar seus serviços em países como a China, o Irã e a Rússia — já que as leis locais se “opuseram” aos seus princípios de privacidade ou impuseram requisitos “tecnologicamente inviáveis”.
Bloqueio do Telegram pela Justiça

Na quarta-feira 26, a Justiça ordenou a suspensão temporária do Telegram, por não entregar às autoridades dados solicitados sobre grupos supostamente extremistas que se comunicam utilizando a plataforma.
Além da suspensão do aplicativo, também foi determinada uma multa no valor de R$ 1 milhão para cada dia que o Telegram não colaborar integralmente com a investigação.
A Justiça do Espírito Santo, a Polícia Federal e o Ministério Público solicitaram ao Telegram dados pessoais de todos os integrantes dos canais intitulado pelos participantes de “Movimento Antissemita” e “Frente Antissemita”.
De acordo com autoridades, os grupos investigados teriam participação em ataques ocorridos em escolas brasileiras nos últimos meses.
Revista Oeste