Policial

Redes sociais reage ao pré-candidato a prefeito de Cebedelo em tom brincadeira com esposa

O deputado estadual Wallber Virgolino, pré-candidato do PL à prefeitura de Cabedelo, gravou um vídeo em tom de brincadeira no qual ele aparece jogando várias cédulas de R$ 50 e R$ 100 sobre uma mesa onde está sentada sua esposa para ter um fim de semana longe dela. Ele narra que quer ir a uma vaquejada com os amigos.

Enquanto manuseia as notas e as atira sobre a mesa, Wallber diz que vai à vaquejada de Sapé e que a esposa sequer vai ligar para ele.

“Tome mais mil para eu voltar somente segunda-feira e sem aliança”, diz, dando as costas à mulher que apenas pergunta: “Como é?”.

Muita gente achou o vídeo engraçado. Outras pessoas ficaram indignadas. Para além de ter sido feito com a finalidade de brincadeira, ou “meme”, é importante sabermos que situações semelhantes a essa e que venham a ocorrer de fato, podem ser enquadradas como formas violência doméstica psicológica e patrimonial, de acordo com o art. 7, incisos II e IV, da Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha):

“Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:

II – a violênciarEDES psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;

IV – a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;”

O discurso de que “é apenas um meme”, ou “é uma brincadeira”, é perigoso porque leva à naturalização de práticas abusivas e tóxicas frequentes em muitos relacionamentos.

ParlamentoPB 

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