Rússia garante que vai prosseguir com programa de exploração espacial, apesar de colisão com Lua
A Rússia não deve abandonar seu programa de exploração espacial, apesar da queda da sonda Luna-25 no domingo (20), disse o diretor-geral da agência espacial Roscosmos, Yuri Borisov. Já a Índia espera entrar na corrida espacial com uma sonda espacial que deve chegar à Lua na quarta (23).
Para ele, a primeira sonda lançada pela Rússia à Lua desde 1976 colidiu com o satélite natural da Terra “principalmente” porque o país “interrompeu seu programa de exploração espacial durante quase 50 anos”.
“A incalculável experiência acumulada por nossos antecessores nos anos 1960 e 1970 se perdeu por completo, e a transferência de conhecimentos entre as gerações não ocorreu”, lamentou Borisov.
A colisão aconteceu, porque um motor da sonda não desligou conforme programado, durante uma manobra para pousar na superfície lunar, e “funcionou por 127 segundos em vez de 84”.
Este acidente se dá em um momento em que o presidente russo, Vladimir Putin, prometeu continuar o programa espacial de seu país para continuar sendo protagonista na corrida espacial, tomando como exemplo o envio, pela União Soviética, do primeiro homem ao espaço em 1961.
Sonda lunar indiana
O foguete indiano Chandralayaan-3 decolou em 14 de julho de 2023, numa segunda tentativa de pouso na lua. A Índia está determinada a entrar na corrida espacial global.
“É um momento decisivo para a ISRO, a agência espacial da Índia”, explica o correspondente da RFI em Bangalore, Côme Bastin..
Em 2019, a Índia tentou sua primeira missão não tripulada à Lua. A embarcação caiu devido a falhas no sistema de freios.
Os indianos esperam que seja o momento certo para o Chandrayaan 3, a nave lunar em língua hindi. Até agora tudo correu bem, principalmente a separação do lançador e o lançamento em órbita. A sonda está atualmente a 100 quilômetros acima da superfície lunar, enviando imagens impressionantes.
(Com AFP)