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Israel acusa ONU de ignorar crimes do Hamas por pedir embargo de armas

Pedido feito por 37 membros da entidade ocorre em função do alto número de vítimas civis na Faixa de Guerra; ministro israelense cita ‘crimes de guerra, sexuais e contra a humanidade’ cometidos pelo grupo

Soldados israelenses operando na Faixa de Gaza em meio ao conflito com o Hamas

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, acusou os relatores e especialistas da ONU (Organização das Nações Unidas) de “ignorar os crimes de guerra, os crimes sexuais e os crimes contra a humanidade” cometidos pelo grupo palestino Hamas. A declaração ocorre após 37 membros da entidade pedirem na última sexta-feira, 23, um embargo de armas ao governo israelense, em função do alto número de vítimas civis na guerra na Faixa de Gaza.

Para eles, a exportação de armamentos para Israel por outros países deve ser “interrompida imediatamente”, pois qualquer transferência de armas pode violar a lei humanitária internacional na ofensiva em curso no enclave – o que Israel rebate. “ONU tem cooperado com os terroristas do Hamas e está tentando minar o direito de Israel de se defender e defender seus cidadãos de uma organização terrorista”, disse Katz em sua conta no X (antigo Twitter).

“É uma mancha que não pode ser apagada da ONU como organização e da vida pessoal do secretário-geral Antonio Guterres”, acrescentou. O ministério também entende que as exigências de um embargo de armas são “pedidos de apoio” ao Hamas, e a solicitação para parar de compartilhar informações de inteligência com Israel “impedirá que os reféns voltem para casa”, enquanto as solicitações dos relatores e especialistas da ONU foram descritas como “obsessão anti-Israel” e “posições tendenciosas”.

Os signatários elogiaram países como Espanha, Bélgica, Holanda, Itália e empresas como a japonesa Itochi, que suspenderam suas transferências de armas, enquanto destacaram que Estados Unidos e Alemanha são, de longe, os principais exportadores de armas para Israel. “A decisão da Corte Internacional de Justiça em 26 de janeiro, que apontou para um risco plausível de genocídio em Gaza, aumenta a necessidade de um embargo de armas contra Israel”, enfatizaram.

*Com informações da EFE

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