Política

Indicado por Lula abraça acusação e vota por cassar Moro

O desembargador eleitoral José Rodrigo Sade (TRE-PR) pediu uma série de “vênias” e citou até o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, mas fez exatamente o que se esperava dele: votou pela cassação do mandato de senador de Sergio Moro (União-PR).

Sade chegou à cadeira do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) da qual votou nesta quarta-feira, 3, pela mão de Lula e com o apoio do grupo Prerrogativas, os advogados ligados ao petismo que sucatearam legados jurídicos da Operação Lava Jato no combate à corrupção.

O desembargador abraçou todas as alegações das ações apresentadas por PT e PL, que acusam Moro de ter abusado de poder econômico por supostamente ter se beneficiado na eleição para o Senado pelo Paraná por suas pré-campanhas ao Palácio do Planalto e a uma cadeira no Senado por São Paulo.

Após seu voto, a desembargadora Claudia Cristina Cristofani pediu vista, interrompendo o julgamento. A próxima data agendada para a deliberação é segunda-feira, 8.

Abraçou a acusação

Sade divergiu de todo o voto do relator Luciano Carrasco Falavinha, que se posicionou na segunda-feira, 1º, contra a cassação. Para o indicado de Lula, não seria necessário provar que Moro tivesse a intenção de se candidatar ao Senado pelo Paraná desde quando era pré-candidato à Presidência da República, como disse o relator.

O desembargador ignorou até que Moro tem histórico de ameaças e considerou como gasto de campanha as despesas com sua segurança, abraçando, o elemento mais perverso da ação. A julgar por sua visão, quanto mais ameaçado o candidato, mais prejudicado ele será, porque sobrará menos dinheiro do partido para outras atividades.

Sade ainda resgatou o ministro do STF aposentado Joaquim Barbosa para rebater argumento da defesa, de que Moro não precisaria de tanta publicidade para ser conhecido, já que virou figura de destaque nacional durante a Lava Jato. O desembargador questionou por que, então, Barbosa também não concorreu em eleições — o que não tem nada a ver com o caso de Moro.

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