O primeiro tempo foi de sofrimento. De Fábio. Apesar de duas bolas na trave de Arias, o Fluminense passou sufoco. Mas na segunda etapa, Diniz recolocou o time no jogo. Soberano, o Flu dominou o Al Ahly e venceu por 2 a 0 para se garantir na decisão do Mundial de Clubes.
O Tricolor, como os dois últimos campeões brasileiros do Mundial, deixa para trás a equipe egípcia e encara na decisão quem passar de Manchester City e Urawa Reds. A final será sexta, 15h (de Brasília). Al Ahly dá muito trabalho O jogo começou difícil como se previa. O Al Ahly manteve a agressividade na abordagem dos lances que deu tanto trabalho ao Al Ittihad, e se mostrou, também, muito organizado taticamente.
Atuou com linhas altas, e não abriu mão de jogar futebol. Trabalhava bem a bola e avançava procurando, geralmente, o sul-africano Percy Tau, que mandou o primeiro arremate, de fora, com perigo. Aos oito minutos, Nino conseguiu “desafogar” o Fluminense com grande passe na canhota para Marcelo. O lateral deu sequência ao lance com Keno, que foi ao fundo e cruzou na segunda trave. Arias pegou de primeira, forte, e viu a bola acertar a trave.
Buscando passes entrelinhas, o Tricolor foi, aos poucos, saindo para o jogo e igualando em posse de bola. Mas os egípcios nunca deixaram de mostrar o quão perigosos eram. O jogo era tão aberto quanto imprevisível. A sorte ainda não estava ao lado dos tricolores, que voltariam a acertar o poste com Arias aos 23. Ganso cobrou escanteio ensaiado e o colombiano finalizou no meio da área, acertando o poste.
A resposta egípcia saiu em contra-ataque, após perda de Marcelo em dividida. El Shahat avançou pela canhota e teve chute bloqueado, mas a bola sobrou na área para Kahraba, que cabeceou com força e Fábio fez uma grande defesa. A imposição física do Al Ahly voltou a acuar os cariocas nos minutos finais do primeiro tempo. O time de Diniz terminou a primeira etapa sem a bola, com muito a se acertar para a segunda parte.
Flu se impõe O Fluminense tentou ser mais protagonista na volta do intervalo. Começou arriscando mais. Se Arias mandou longe do gol no primeiro arremate do segundo tempo, Cano, após tabela com Ganso, mandou chute cruzado e com muito perigo. Apesar de se mostrar mais presente no campo ofensivo na segunda parte, o Tricolor continuou sofrendo com a rápida transição ofensiva do rival.
El Shahat avançou mais uma vez pela canhota aos 17, cortou para o meio e bateu no canto. Fábio trabalhou bem. Aos 22 minutos, Marcelo recebeu na área pela canhota, dominou e deu uma caneta em Percy Tau, que acabou derrubando o lateral: o árbitro marcou o pênalti. Arias bateu no cantinho e não deu chance ao goleiro: 1 a 0 para os tricolores. Percy Tau quase se redimiu no lance seguinte.
O sul-africano recebeu grande lançamento na área, livre, e desviou de cabeça, mas Fábio estava atento ao lance e ficou com a bola. Diniz deu novo gás para sua equipe com substituições que conseguiram igualar o jogo fisicamente. O Flu teve velocidade para, também, ameaçar matar o jogo em contra-ataque. Aos 40, John Kennedy arrancou e deixou Cano na cara do gol, mas o argentino parou em El-Shenawi.
Aos 44, não teve jeito. Martinelli, que fez uma partida monumental, arrancou pela direita, perdeu e recuperou a bola. Recuperou e deixou John Kennedy na cara do gol. Herói de novo, Kennedy cortou a marcação e cortou para a canhota, deslocando El-Shenawi para fazer 2 a 0.
No final, poderia ter sido até mais. Em novo contra-ataque, Cano teve a chance do terceiro, mas El-Shenawi parou o artilheiro. Só que a vaga estava garantida. Após todas as dificuldades do primeiro tempo, o Flu se impôs no segundo e se garantiu na decisão do Mundial.
O Gol
