Dólar cai 1,3%, fecha abaixo dos R$ 5 e atinge menor valor em dez meses; Ibovespa registra terceira alta seguida
REUTERS/Amanda Perobelli
Nesta quarta-feira, 12, o dólar fechou a sessão com baixa de 1,3%, sendo cotado a R$ 4,94 para venda. Esta é a menor cotação da moeda norte-americana desde junho de 2022 e pressiona o dólar para a casa dos R$ 4,90. Em contrapartida, o Ibovespa continuou com desempenho positivo, subindo 0,64%. A bolsa de valores brasileiras fechou aos 106.889,71 pontos em seu terceiro pregão seguido em alta. O movimento é puxado pelos resultados positivos de vendas do varejo, que registraram alta recorde em janeiro. Além disso, o anúncio do governo de acabar com taxação de importações entre pessoas físicas com valor de até US$ 50 impulsionou as varejistas. Do ponto de vista internacional, o dólar vem se desvalorizando frente ao real desde terça-feira, quando o desempenho do Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) fez com que a bolsa de valores brasileira saltasse e o dólar derretesse. A moeda continuou a perder força com a divulgação dos dados de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos. O índice registrou alta acumulada de 5% nos últimos 12 meses, em linha com o consenso de 5,2%. Contudo, o avanço ficou abaixo das expectativas de analistas. O percentual representa uma forte queda em relação ao mês anterior, quando o crescimento foi de 6%. Os dados confirmam a maior desaceleração da inflação nos EUA desde agosto de 2021.
O economista André Galhardo, consultor da Remessa Online, observa que já existia uma tendência de valorização da moeda brasileira frente ao dólar. “Muito em função de um comportamento menos forte da economia norte-americana. No começo da semana, houve um repique porque o payroll, apesar de um pouco mais fraco que o esperado, esteve ainda um pouco elevado. Além dessa desaceleração da atividade econômica norte-americana, temos o Brasil como o super campeão de taxa real de juros do mundo. Porque há uma descompressão dos preços aos consumidores que deve continuar até o mês de junho e isso deve atrair ainda mais capital para o Brasil. Por isso vimos a moeda norte-americana ficar abaixo dos R$ 5 pela primeira vez no intraday. A expectativa agora é de continuidade deste movimento de valorização da moeda brasileira”, avalia.
Jovem Pan