Como tirar nota mil na redação do Enem 2023? O segredo é simples: treinar; veja 6 dicas de ouro

A pouco mais de cem dias para o Enem 2023, que acontece em novembro, eles garantem que ainda dá tempo de tirar nota mil na redação, mas ressaltam: é preciso muito treino!

👉 Por que a redação do Enem importa? Ir bem na redação pode ser decisivo para garantir a vaga na universidade desejada. Alguns processos seletivos, como Sisu e ProUni, não permitem a inscrição de quem tiver zerado na redação e usam a nota como critério de desempate. Ou seja, entre dois candidatos com a mesma quantidade de pontos, terá prioridade aquele com a nota maior na redação.

O Enem exige que o candidato faça uma redação dissertativa-argumentativa. Neste formato, o autor deve escrever um texto usando argumentos com o objetivo de defender um ponto de vista.

Além disso, o autor também deve respeitar o formato de prosa, que é quando as ideias são organizadas de forma objetiva, em parágrafos diretos. Não é válido escrever em forma de poesia.

O Enem avalia cinco competências. Cada uma vale de 0 a 200 pontos e só consegue a tão sonhada nota mil quem “gabarita” em todas. São elas:

📝 – Uso formal da língua portuguesa. Isto é, não use gírias ou abreviações, como pq (porque), fml (família) e flw (falou).

Entretanto, é preciso avaliar a proposta apresentada. No caso de um tema que trate sobre comunicação digital e linguagem de internet, por exemplo, pode caber, dentro do devido contexto, usar um desses elementos.

✒️ – Compreensão do tema da redação. O candidato precisa demonstrar que entendeu a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema.

Atenção: não pode fugir do tema ou tangenciá-lo (tratar de forma superficial), sob risco de ter pontos descontados ou até zerar a redação.

A proposta de redação do Enem traz ainda um conjunto de textos de apoio, chamados de textos motivadores e que podem conter infográficos, dados de pesquisas e até mesmo charges ou tirinhas.

O candidato pode usar na redação dados e fontes citados nesses textos de apoio, mas desde que não faça uma cópia exata, o que configura plágio, e que contextualize as informações, dando os devidos créditos.

💡 – Organização de ideias. Selecione, relacione e interprete informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista de forma clara.

O texto deve ser coerente, direto, apoiado em informações verídicas e com referências (repertório cultural).

📌 – Uso de elementos para “costurar” as ideias. É esperado que o candidato siga um raciocínio linear para a construção da sua argumentação. Ou seja, com começo, meio e fim.

Para isso, utilize conjunções (“porque”, “embora”, “conforme”, “enquanto”), conectivos (“portanto”, “por consequência”, “em resultado”, “por isso”) e outros elementos linguísticos que amarrem os argumentos. Assim, eles vão dar a noção de continuidade no raciocínio, relacionando o que for discutido em um parágrafo com o que será apresentado no seguinte.

🎯 – Proposta de solução. Ao final da argumentação, o autor deve concluir o texto indicando uma saída (chamada de proposta de intervenção) para o assunto discutido, respeitando os direitos humanos.

Para isso, ele deve resumir o problema identificado, indicar quem deve ser o agente da solução, a ação que vai resolver o problema, mostrar o meio de execução e quais efeitos são esperados.

Para entender melhor a estrutura esperada do seu texto, o ideal é analisar as redações de candidatos “nota mil” em outras edições do exame e estudar as estratégias usadas.

Agora que já conhece o modelo da redação, é preciso praticar. A recomendação é a de que o aluno produza ao menos uma redação por semana.

⚡ Considerando que faltam cerca de 15 semanas até o dia da redação, que será aplicada no primeiro dia do Enem, em 5 de novembro, o candidato deve escrever ao menos 15 redações.

Uma dica é pegar temas propostos em edições anteriores do exame e produzir suas redações de treino com base neles.

⌚ Fique de olho no relógio: A orientação é gastar o tempo que levaria na data do exame. Nos treinos, comece separando uma hora por dia para produzir o texto, mas tente, gradativamente, reduzir este tempo. Leve em conta que no dia da prova haverá uma folha para rascunho e outra para passar o texto a limpo.

É importante que o candidato tenha alguém que possa ajudá-lo na revisão do texto. Pode ser um amigo que também esteja se preparando para o exame, mas o ideal é que seja um professor que consiga identificar erros e elos fracos no texto e possa direcionar o aluno para a correção destes.

O que faz a diferença em qualquer redação nota mil é o repertório sociocultural que o autor aplica para reforçar as ideias apresentadas no texto.

“Citar um filme, um livro ou uma música que tenha relação com o tema proposto ou com a argumentação do autor vai enriquecer o debate e mostrar a relevância do tema”, explica Maria Aparecida, do Objetivo.

Ela diz, no entanto, que o candidato não pode desprezar o que chama de “repertório passivo”, que é aquele conhecimento já internalizado e absorvido, que também pode contribuir para a argumentação.

“Um conceito popular ou uma noção comum, devidamente identificada no texto, pode, sim, ser tão interessante quanto uma citação a Machado de Assis”, completa.

É necessário que o aluno vá para o Enem munido de conhecimentos adquiridos de diversas fontes.

5 de novembro (domingo)

• 45 questões de linguagens (40 de língua portuguesa e 5 de inglês ou espanhol);
• 45 questões de ciências humanas;
• redação.

12 de novembro (domingo)

• 45 questões de matemática;
• 45 questões de ciências da natureza.

Veja os horários de aplicação (no fuso de Brasília):

• Abertura dos portões: 12h
• Fechamento dos portões: 13h
• Início das provas: 13h30
• Término das provas no 1º dia: 19h
• Término das provas no 2º dia: 18h30

G1-São Paulo