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Com mais de 1,2 milhão de manifestantes, greve na França bate recorde e sindicatos preparam novo ato


As ruas de Paris foram tomadas por manifestantes neste 6° dia de protestos contra a reforma da Previdência.
AP – Aurelien Morissard

A 6ª jornada de manifestações contra o projeto de reforma da Previdência na França bateu um novo recorde de adesão, com mais de 1 milhão de pessoas nas ruas, segundo as autoridades. Os sindicatos afirmam que 3,5 milhões de pessoas se manifestaram e, diante da falta de reação do governo, já se preparam para mais uma jornada de passeatas.

Os números confirmam as previsões: a jornada de protestos ultrapassou os recordes batidos em 31 de janeiro, quando 1,27 milhão de pessoas haviam se manifestado, segundo o governo (2,5 milhões de acordo com os representantes sindicais).

O volume de participantes recuou em Paris, mas aumentou no resto da França, segundo o ministério do Interior. Pouco mais de 81.000 pessoas foram às ruas na capital nesta terça-feira, contra 87.000 no final de janeiro.

Mas esse balanço não parece impressionar o governo, que mantém o debate sobre o contestado projeto de reforma. Prova disso, nessa quinta-feira, enquanto os manifestantes voltavam para casa após os protestos, os senadores examinavam o artigo mais polêmico do texto, que prevê o avanço da idade mínima da aposentadoria de 62 para 64 anos, sem que praticamente nenhum comentário tenha sido feito sobre as manifestações.

“O silêncio do presidente da República constitui um grave problema democrático”, denunciou o coletivo de sindicatos por meio de um comunicado. Diante da falta de reação do governo, uma nova jornada de protestos já foi anunciada, para 11 de março.

Enquanto isso, algumas categorias profissionais decidiram prosseguir a mobilização já nesta quarta-feira (8), prolongando a greve. É o caso do setor de transportes ferroviários, que deve continuar perturbado.

Além disso, associações de jovens e estudantes se organizam para ir às ruas na quinta-feira (9), confirmando a previsão de uma semana de protestos no país.

(Com informações da AFP)

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