Policial

Caso Mariana Thomaz: julgamento de acusado de matar estudante de medicina é adiado pela segunda vez

O adiamento ocorreu após a Justiça acatar o pedido do advogado de defesa do réu, Aécio Farias, que alegou participar de um congresso em Belo Horizonte na data em que o júri estava marcado anteriormente.


Johannes Dudeck é acusado de assassinar a estudante Mariana Thomaz no dia 12 de março de 2022 (Foto: Reprodução)

O Júri Popular de Johannes Dudeck, acusado de matar a estudante de medicina Mariana Thomaz no ano passado, que estava marcado para esta quinta-feira (09) foi adiado. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (06). Como vem acompanhando o ClickPB, esta é a segunda vez que o júri é adiado. Agora, o julgamento foi remarcado para os dia 16 e 17 de novembro.

De acordo com as informações obtidas pelo ClickPB, o adiamento ocorreu após a Justiça acatar o pedido do advogado de defesa do réu, Aécio Farias, que alegou participar de um congresso em Belo Horizonte na data em que o júri estava marcado anteriormente. Aécio ressaltou que o julgamento ocorrerá de portas fechadas atendendo a um pedido dele, que alegou que esse tipo de crime deve ocorrer em segredo de justiça.

Na semana passada, a promotora de Justiça do Ministério Público da Paraíba, Artemise Leal, pediu à Justiça que o julgamento aconteça ainda este mês e recomendou a constituição de um novo advogado, caso haja um terceiro pedido de adiamento. Segundo ela, nesse segundo pedido, o advogado alega que irá participar de um congresso em Minas Gerais. A Promotoria entende que há uma estratégia da defesa para postergar o julgamento, que já deveria ter ocorrido no último dia 20 de setembro, e comunicará o fato à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PB).

Como adiantou o ClickPB, o juiz titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa, Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior, determinou algumas providências para o julgamento. Uma das medidas adotadas é a proibição do uso de roupas padronizadas, ainda que de forma remota, dentro das dependências do Fórum.

No salão principal, onde o julgamento ocorrerá, apenas poderão ter acesso jornalistas encarregados da cobertura do julgamento, previamente inscritos no Cartório Unificado. Os profissionais estão autorizados a acessar o Fórum, mesmo além do horário final do expediente comum e enquanto durar a realização do julgamento.

Outra medida será a disponibilidade de um telão, por parte da direção do Fórum, onde o julgamento possa ser reproduzido em tempo real para que eventuais interessados em assistirem à sessão possam se acomodar, após prévio cadastramento.

Nas mesas dos debatedores principais, representantes do Ministério Público e assistência e defesa, permaneçam não mais que quatro pessoas, facultando-se aos profissionais que excederem tal quantitativo e que estejam devidamente habilitados nos autos, a permanência no salão, na área destinada à plateia.

Pena máxima 

A promotora do caso Artemise Leal vai pedir a condenação do réu Johannes Dudeck, pelos crimes de feminicídio e estupro praticados contra Mariana Thomaz. Artemise informou que, com base no inquérito montado pela Polícia Civil, a promotoria explicou que outras qualificadoras com circunstâncias agravantes serão atribuídas.

O Caso 

O corpo de Mariana Thomaz foi encontrado no dia 12 de março de 2022, após a polícia receber uma ligação do réu Johannes Dudeck informando que a estudante estava tendo convulsões. A investigação observou sinais de esganaduras, então Johannes foi preso no local e encaminhado para um presídio especial de João Pessoa. O relatório final do inquérito indicou os crimes de feminicídio e estupro, conforme informações obtidas do laudo tanatoscópico do Instituto de Polícia Científica (IPC), exame feito para comprovar a existência de violência sexual.

ClickPB

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