Política

Azevêdo diz que Zema presta “desserviço à democracia” e revela que apenas um governador fora do Nordeste prestou solidariedade após ataque

O governador João Azevêdo (PSB) abordou nesta terça-feira (8), em entrevista ao UOL, as polêmicas declarações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), em relação ao Nordeste. João novamente desaprovou as falas separatistas proferidas por Zema

Azevêdo destacou que tais discursos não contribuem para um cenário construtivo. Ele ainda pontuou que o atual momento do país, que já enfrenta divisões acentuadas e a necessidade de evitar qualquer fala que aprofunde essa fragmentação.

A postura de Romeu Zema representa um “desserviço à democracia”, uma vez que a nação necessita de união e cooperação entre as diferentes regiões para superar desafios e promover um desenvolvimento equilibrado, destacou João.

“A fala do governador de Minas Gerais trouxe uma pauta que não constrói e não ajuda naquilo que precisamos neste momento. O país saiu extremamente dividido de uma eleição presidencial no ano passado e o que menos precisamos são de falas divisionistas, de incentivo ao protagonismo desta ou daquela região sobre outras. Foi um desserviço à democracia”, declarou.

João ainda negou que haja iniciativas futuras após a fala de Zema, como uma ação judicial, por exemplo.

“Não. Apenas nos posicionamos que o Consórcio Nordeste foi criado para troca de experiencias para que a gente pudesse agilizar o processo de desenvolvimento. Não é mais aquele Nordeste de 50 anos atrás, associado a terras secas. A região se desenvolveu muito, o PIB nosso de 2002 a 2019 foi maior que o do Brasil, Sudeste e Sul. O processo de desenvolvimento privilegiou o Sul e Sudeste, mas não estamos preocupados com isso…”, disse.

Quando à solidariedade dos demais governadores pela fala de Zema, apenas o goiano Ronaldo Caiado repudiou a fala, segundo João, através do WhatsApp.

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