Política

Alexandre de Moraes fala em ‘organização criminosa’ e diz que é ‘plausível’ que Bolsonaro tenha inserido dados falsos sobre vacina para obter vantagens

Ao autorizar a operação desta quarta-feira (03), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, disse que é “plausível” a linha de investigação de que Jair Bolsonaro e seu grupo tenham inserido dados falsos sobre vacina para obter vantagens.

O ministro retirou o sigilo da decisão que autorizou as buscas na casa do ex-presidente.

Em sua decisão, Alexandre de Moraes citou também a possibilidade de existir uma “organização criminosa” para adulterar os dados de vacinação contra a Covid-19.

“Diante do exposto e do notório posicionamento público de Jair Messias Bolsonaro contra a vacinação, objeto da CPI da Pandemia e de investigações nesta Suprema Corte, é plausível, lógica e robusta a linha investigativa sobre a possibilidade de o ex-presidente da República, de maneira velada e mediante inserção de dados falsos nos sistemas do SUS, buscar para si e para terceiros eventuais vantagens advindas da efetiva imunização, especialmente considerado o fato de não ter conseguido a reeleição nas eleições gerais de 2022”, escreveu o ministro.

Segundo o magistrado, os indícios de crime são “relevantes” e a suposta “organização criminosa” buscou, além de benefícios pessoais, descredibilizar o sistema de vacinação no país.

“São absolutamente relevantes os indícios da ocorrência efetiva dos crimes, especialmente no contexto agora noticiado de inserção de dados falsos em sistema de informações , o que indicaria, nos termos dos indícios já colhidos, a efetiva existência de uma organização criminosa articulada, com divisão de tarefas e de múltiplos objetivos, tanto no âmbito particular dos investigados, como em aspectos relacionados ao interesse público, em detrimento da credibilidade interna e externa do exemplar controle de vacinação nacional em pleno período pandêmico”, completou Moraes em sua decisão.

Gazeta Brasil

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