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Nova regra fiscal e reforma tributária serão responsáveis por queda de juros, diz Haddad

Fernando Haddad: ministro acrescentou que com o patamar atual da taxa de juros, em 13,75%, os investimentos tendem a cair muito REUTERS/Adriano Machado/Marianna Gualter e Eduardo Rodrigues, do Estadão Conteúdo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (6) que a queda da taxa de juros será consequência da nova regra fiscal anunciada na semana passada e da reforma tributária que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer aprovar no Congresso Nacional.

“Se as contas estiverem em ordem, não tem porque existir juros tão altos”, disse o ministro em entrevista à BandNews. “Penso que está havendo convergência entre a política fiscal e a monetária”, emendou.

“Se o Congresso e o Judiciário derem sustentação para esse plano, não tenho dúvida que o Brasil entrará em 2024 com rota de crescimento sustentável e justiça social”.

Haddad disse que o resultado da emissão de títulos feita pelo Tesouro Nacional no exterior na quarta-feira (5) indica que há apetite do investidor estrangeiro no Brasil e uma visão externa de que o país está no caminho correto.

Haddad acrescentou que com o patamar atual da taxa de juros, em 13,75%, os investimentos tendem a cair muito.

Por outro lado, para o ministro, se a taxa começar a cair, a tendência é haver uma retomada dos investimentos. “Naturalmente o mercado de capitais terá recursos para fazer negócios, ampliar. Ele terá demanda, vai produzir mais.”

Ele afirmou também que a nova regra garante que o aumento de despesas sempre será inferior ao das receitas. “Estamos recompondo a base fiscal do Estado. O Estado precisa ter Orçamento suficiente para honrar compromissos legais e manter o compromisso de responsabilidade com as contas públicas.”

Haddad disse ainda que o pressuposto da regra é dar sustentação aos programas sociais previstos na Constituição Federal. “Ou seja, repor verbas da saúde e educação. Só nesses itens o governo anterior cortou R$ 30 bilhões. E manter o Bolsa Família no patamar atual, sem solavancos do período anterior.”

Ele complementou que “jabutis” tributários que foram criados ao longo dos anos têm sugado o Orçamento do Estado brasileiro e reduzido a arrecadação do governo.

O ministro disse que a intenção do governo com a reforma tributária é recompor a capacidade de investimento do país e afirmou que aqueles que não pagam imposto têm que arcar com a conta do ajuste fiscal do Brasil.

*Com informações de Reuters

 

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