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De Ancelotti a Diniz, o que falam os candidatos à seleção brasileira

Mais uma data Fifa se aproxima e o Brasil segue sem comando. O plano A da CBF para a seleção é Carlo Ancelotti, e o acerto nesta altura parece improvável. Mas mesmo os técnicos apontados como “Plano B” não dão indícios de que aceitariam facilmente o chamado. Em uma semana em que praticamente todos comentaram a possibilidade, resgatamos aqui a situação de cada um.
O momento é crucial para a escolha do novo técnico. Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, prometeu anunciar o substituto de Tite ainda no início do ano, mas mudou de ideia por saber que os grandes nomes estavam empregados e em meio de temporada na Europa. A prioridade era por um estrangeiro “unanimidade”. Com o futebol europeu em sua última semana antes das férias, o dirigente segue para a Europa para finalmente acelerar o processo de recrutamento. Carlo Ancelotti –
O Plano A Houve um momento na temporada em que o futuro parecia desenhado: Carlo Ancelotti deixaria o Real Madrid após temporada decepcionante para assumir a seleção brasileira. Mas o ano acabou por não ser um desastre para o gigante de Madri, com o time campeão da Copa do Rei e semifinalista da Liga dos Campeões, e a diretoria merengue mostrou apoio quase incondicional ao italiano.
“100% (de chances) que fico. Estarei aqui (no Real) para a próxima temporada”, reforçou Ancelotti após seu último jogo na temporada com o clube. Ednaldo Rodrigues garantiu que “não jogou a toalha” e só vai partir para outras opções depois de conversar diretamente com Ancelotti na Data Fifa. A probabilidade de acerto, no entanto, é pequena neste momento e vai depender exclusivamente da vontade de Ancelotti em antecipar o fim do seu contrato com o Real, que vai até meados de 2024. Abel Ferreira –
Realidade é o Palmeiras Dentro os nomes em futebol brasileiro, o mais bem-sucedido dos últimos anos é certamente Abel Ferreira. Conta contra o técnico a rotina de conflitos com árbitros e imprensa, além da fama inicial de ser adepto de um “jogo reativo”, embora venha mudando esta imagem com um Palmeiras mais agressivo no ataque desde o ano passado.
“O que posso dizer é que minha realidade é o Palmeiras”, chegou a dizer Abel no fim do ano passado, apesar do “orgulho” de ter sido lembrado para a seleção. No momento, embora fontes o coloquem entre os favoritos se Ancelotti não assinar com a CBF, não há nenhuma negociação ou sequer sondagem em andamento. “A CBF nunca nos procurou para conversar sobre o Abel e espero que não procure”, respondeu Leila Pereira, presidente do Palmeiras, ao ser questionada sobre a possibilidade, em entrevista à Globo.
Fernando Diniz – “Seleção é o Flu” Bem cotado na CBF por seu estilo “único” de jogo, Fernando Diniz é provavelmente o nome mais polêmico na lista. A grande conquista do técnico foi o Carioca de 2023, com goleada do Fluminense sobre o arquirrival e campeão continental, Flamengo. Mas a má fase recente do Tricolor pode pesar na escolha para a seleção.
Além disso, há um precedente que deve preocupar a CBF. Quando comandava o Fluminense, Muricy Ramalho chegou a ser convidado para assumir a seleção brasileira e recusou por ter contrato com o clube. Acabaria por ser campeão brasileiro. Diniz sabe que terá maior apoio nas Laranjeiras que no cargo da seleção, onde uma má fase dificilmente é suportada, e pode optar por seguir o exemplo de Muricy, se chegar a ser convidado.
“Minha seleção é o Fluminense”, resumiu Diniz. Dorival Júnior – o atual campeão da Liberta O caso de Dorival Júnior é emblemático de como tudo pode mudar em pouco tempo. Desempregado depois de vencer a Copa do Brasil e a Copa Libertadores pelo Flamengo, Dorival não tinha a confiança dentro do Rubro-Negro mesmo com o sucesso conquistado rapidamente por lá.
Isso fez com que seu nome, bem cotado internamente na CBF, praticamente desaparecesse do radar. Sucessor de Dorival, Vítor Pereira fracassou no Flamengo e fez o trabalho do ex-técnico valorizar mesmo sem precisar sentar ao banco de um clube.
O técnico acabou por aceitar convite do São Paulo, então em crise com Rogério Ceni, e desde então vem colecionando bons resultados com o Tricolor Paulista. O nome voltou a aparecer entre os favoritos nas últimas semanas. “Nunca tive contato com a diretoria da CBF. Fico apenas lisonjeado de ter o nome lembrado, por isso não abrimos nada com o presidente porque não existe nada. Tudo é fictício e uma possibilidade”, explicou Dorival Júnior, mostrando-se mais aberto que Abel e Diniz a aceitar o convite.
“Fico feliz de estar sendo lembrado em uma situação dessa”, confessou. Outros candidatos Há nomes ainda que correm por fora e já foram apontados entre os candidatos, embora oGol entenda que dificilmente tenham chances de assumir o Brasil. Jorge Jesus, Luis Enrique e José Mourinho entre eles. Jesus, ao que tudo indica, vai seguir para a seleção da Arábia Saudita ao deixar a Turquia.
Luis Enrique, ex-Barcelona e seleção espanhola, teve a imagem arranhada com as atuações da Fúria antes de partir e não se encaixaria no perfil de “unanimidade” para um estrangeiro na seleção. Mourinho, atualmente na Roma, teria negado recentemente convite da seleção portuguesa e quer seguir trabalhando mais tempo por clubes, com cargo no PSG como possibilidade também.

O Gol

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