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Próximo desafio do BC é internacionalizar o Pix, diz Campos Neto

Presidente do Banco Central afirmou que barreiras para mudança são a lavagem de dinheiro, o pagamento de impostos e a explosão da liquidez

 Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira (5/4), em evento realizado em São Paulo, que a internacionalização é o novo e grande desafio do Pix. De acordo com o presidente do BC, porém, um dos principais entraves para que essa funcionalidade seja incorporada ao sistema é a governança.

“É isso que impede que ela aconteça”, disse Campos Neto. Ele observou que a barreira da governança ocorre em “três dimensões”. Elas incluem as exigências de mecanismos contra a lavagem de dinheiro – e contra financiamento do terrorismo –, para as quais cada país tem uma solução diferente. As outras dificuldades consistem no pagamento de impostos sobre as transações e o aumento da velocidade da liquidez que o meio de pagamento digital pode imprimir ao sistema.

Campos observou que tinha uma apresentação, na qual ele sempre fazia uma pergunta: “Qual é o jeito mais rápido de levar 1 milhão de pounds (libras) do Brasil para Londres?”. “Uma das opções era o avião e as pessoas sempre achavam que era brincadeira”, disse. “Mas, na época, era a mais rápida. Isso mudou, mas ainda é muito deficiente.”

Num balanço geral, o presidente do BC citou que “92% das pessoas com conta em bancos estão usando o Pix, que chegou a quase 200 milhões de transações num dia”, disse, no Seminário Lide de Inovação. Ele acrescentou que, “pensando que são 102 milhões de bancarizados, é mais de uma negociação por pessoa por dia”.

Metrópoles 

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