Câmara em Foco

Clilson Júnior revela que Roberto Santiago está bancando financeiramente o Hospital Padre Zé após escândalo e baixa nos recursos


O Hospital Padre Zé funciona à base de doações e repasse de recursos públicos (Foto: Reprodução)

O escândalo no Hospital Padre Zé ainda está longe do fim e os detalhes vão sendo revelados a cada novo momento. O jornalista Clilson Júnior revelou durante a edição desta terça-feira (21) do programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, quem está sustentando financeiramente a situação após o escândalo que veio à tona após a Operação Indignus, deflagrada pelo Gaeco e pelas forças de segurança da Paraíba.

O empresário Roberto Santiago é apontado por Clilson Júnior como financiador do Hospital Padre Zé, segundo acompanhou o ClickPB. Ele teria pago, de forma anônima, a folha de pagamento da unidade de saúde, o que garantiu o seu funcionamento até agora. A folha de pagamento do Hospital Padre Zé gira em torno de R$ 600 mil, segundo revelou Clilson Júnior: “a matemática é simples: para pagar os médicos, o hospital precisa de R$ 104 mil todo mês, a folha de pessoal, mais R$ 450 mil. E os prestadores de serviço, R$ 170 mil. Uma continha que chega a mais de R$ 600 mil, sem falar no algodão, no arroz e feijão, no alimento, no equipamento, na energia”.

Ao mesmo tempo que um empresário está bancando a situação para ajudar o Hospital Padre Zé a se manter em funcionamento, autoridades políticas estão fugindo de qualquer vínculo. Clilson comentou que “autoridades que tinham o poder da caneta, do convênio, que ajudavam, foi procurado e não ajuda mais. O castigo vem a galope. Autoridades que ajudavam e que agora fogem do hospital”.

Confira o comentário na íntegra:

Clilson recordou a campanha feita na mesma rádio para levantamento de recursos e doações que foram destinados ao Hospital Padre Zé. Ao lado de seus companheiros de bancada, Clilson visitou o Hospital Padre Zé e conferiu de perto as condições de atendimento e de recepção dos pacientes. Para conseguir manter o funcionamento, o hospital necessita de doações e de verbas públicas que eram destinadas periodicamente. Porém, após o escândalo ter vindo à tona, a unidade de saúde viu um grande déficit em seus cofres e está na penúria para conseguir dar conta dos compromissos financeiros.

Clilson finalizou seu comentário dizendo que “o mais maravilhoso do mundo é saber que tem uma pessoa que pagou a folha do mês. E o hospital só está aberto por causa dele. Eu não conheço pessoalmente, mas todo mundo já ouviu falar. Ele procurou as autoridades do hospital e disse: ‘eu quero pagar, mas não diga jamais meu nome’. E hoje os aplausos que eu, individualmente, faço e reconheço, são para o empresário Roberto Santiago. O Roberto Santiago dos shoppings, que começou vendendo terrenos, e passou até por um calvário recente. No dia de hoje, por mais Robertos Santiagos na Paraíba. Porque todo mês a gente vai precisar pagar a folha”. De acordo com Clilson Júnior, o empresário não queria ter seu nome revelado como benfeitor, mas acabou descobrindo devido à apuração jornalística feita.

O padre Egídio, juntamente com as ex-diretoras Amanda Duarte e Jannyne Dantas, é apontado como mandante do esquema de desvio de recursos públicos e doações que eram destinados ao Hospital Padre Zé. O dinheiro desviado era destinado diretamente para bancar a vida de luxo e ostentação do padre Egídio, segundo apontou a investigação.

Roberto Santiago

O empresário paraibano Roberto Santiago fundou os shoppings Manaíra e Mangabeira, em João Pessoa, tendo sido um dos pioneiros do ramo em todo o país. O Manaíra Shopping foi aberto ainda em 1989, se tornando o primeiro da região Nordeste. Já o Mangabeira Shopping foi fundado em 2014 e se consolidou como principal centro comercial de João Pessoa fora da região de orla.

ClickPB

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