Preços sobem 0,36% em março após novo impacto de alimentos, segundo prévia oficial da inflação
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — marcou alta de 0,36% em março. O principal impacto veio do grupo de alimentação e bebidas (avanço de 0,91%). Os números foram divulgados nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mesmo assim, o índice caiu 0,42 ponto percentual (p.p.) no comparativo com o mês anterior, quando registrou alta de 0,78%. Nos últimos 12 meses corridos, o IPCA-15 acumulou 4,14%, abaixo dos 4,49% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Dos nove grupos observados, somente quatro registraram queda: artigos de residência (-0,58%), vestuário (-0,22%), despesas pessoais (-0,07%) e comunicação (-0,04%).
Alimentação e bebidas (0,91%)
Fazer refeições dentro de casa ficou mais caro em março: 1,04%. Sobretudo por conta dos itens cebola (16,64%), ovo de galinha (6,24%), frutas (5,81%) e leite de caixinha (3,66). Enquanto comer fora, por mais que também tenha apresentado alta nos preços, não subiu tanto: 0,59%.
Saúde e cuidados pessoais (0,61%)
O segundo item observado com maior aumento foi diretamente influenciado pelos planos de saúde (0,77%), produtos farmacêuticos (0,73%) e itens de higiene pessoal (0,39%).
Transportes (0,43%)
Em relação ao subitem combustíveis (2,41%), houve acréscimo nos preços do etanol (4,27%) e da gasolina (2,39%); gás veicular (-2,07%) e óleo diesel (-0,15%) registraram queda.
O avanço de 0,28 p.p. frente a fevereiro se deve também ao aumento no preço dos taxis, decorrência do reajuste em Belo Horizonte (MG) de 8,31% no valor da corrida; por outro lado, houve redução nas passagens aéreas (-9,08%, com impacto de -0,07 p.p.).
Entre os meios de transporte público, os ônibus intermunicipais tiveram, em média, um aumento de 0,71%, enquanto trens demonstraram redução de 1%.
Regionalizados
Todas as capitais analisadas pelo IBGE apresentaram alta nos preços em março. A maior foi em Belém (0,74%), seguida de Fortaleza (0,48%) e Recife (0,46%).
Goiânia (0,14%), Salvador (0,23%) e São Paulo (0,31%) apresentaram os aumentos menos acentuados.
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