O Tribunal de Justiça de Alagoas foi palco de uma polêmica na última terça-feira (30), quando o Desembargador Fábio Bittencourt, já investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), fez declarações controversas durante uma sessão plenária. Bittencourt, envolvido anteriormente em um caso de suposta interferência judicial relacionado a um jetski, agora atrai atenção ao declarar inimizade pessoal contra dois colegas desembargadores.
No decorrer do julgamento de um processo envolvendo seu irmão, também magistrado, acusado de ofender uma moradora de Maceió, Bittencourt manifestou: “Dois desembargadores que não falam comigo, que são meus inimigos pessoais, atribuem práticas a mim que não fiz como Corregedor Geral de Justiça. Abrir divergência para encaminhar processos contra um irmão meu na Corregedoria Geral de Justiça? Eles dois deveriam ter feito o mesmo que eu. Se, como irmão, me declarei suspeito e impedido por determinação legal. E quem é inimigo de um deve ser de outro também”.
Essas afirmações, capturadas em vídeo [VER AQUI], levantaram questões sobre a conduta e imparcialidade no judiciário alagoano. Alguns membros do tribunal viram nesse ato uma tentativa de intimidação e um claro conflito de interesses, o que colocou em xeque a integridade do desembargador ao defender seu irmão em um contexto profissional.
Mais um capítulo no CNJ
O incidente acrescenta mais um capítulo às investigações do CNJ sobre Bittencourt, reforçando as preocupações sobre a ética e a responsabilidade dos magistrados em manter a imparcialidade e a credibilidade do sistema judiciário. A comunidade jurídica aguarda as próximas etapas deste caso, que destaca a importância da transparência e da integridade no exercício da magistratura.
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