Júri condena Trump por fraude para encobrir escândalo sexual
Donald Trump foi considerado culpado por 34 crimes pelo júri do Tribunal de Nova York nesta quinta-feira (30/5). O ex-presidente dos Estados Unidos era julgado criminalmente por falsificar documentos para tentar encobrir um escândalo sexual na reta final da campanha para a Casa Branca, em 2016, e que incluiria o pagamento de 130 mil dólares (cerca de R$ 674 mil) para a ex-atriz pornô Stormy Daniels, por meio do ex-advogado de Trump, Michael Cohen.
No caso “Povo do Estado de Nova York contra Donald J. Trump”, a Promotoria de Manhattan acusa o magnata de 77 anos de 34 acusações de fraude para encobrir o pagamento do montante para Daniels.
O julgamento foi complexo e contou com 12 membros do júri e seis suplentes, que eram cidadãos anônimos — por razões de segurança.
O que Trump sabia?
A Promotoria tentou ao longo do Julgamento demonstrar que Trump orquestrou ou pelo menos autorizou que o então advogado pessoal dele, Michael Cohen, tirasse do próprio bolso a quantia para pagar Stormy Daniels, que mais tarde lhe foi devolvida em prestações disfarçadas de despesas legais.
O ex-advogado já se declarou culpado em 2018, quando estava sendo investigada a possível interferência da Rússia nas eleições vencidas por Trump, de violações de financiamento de campanha, entre outras queixas, alegando que estava trabalhando sob a direção do republicano “com o objetivo principal de influenciar nas eleições presidenciais”. Ele foi condenado a três anos de prisão e perdeu sua licença para exercer a profissão.
A acusação também incluiu acordos semelhantes ao de Daniels para encobrir outros potenciais escândalos, como o de uma ex-modelo da revista Playboy e de um porteiro que afirmou que o bilionário teve um filho fora do casamento.
Correio Braziliense