Sargento, coronel, tenente e delegado. É comum ver patentes e cargos acompanhados de nomes de candidatos que concorrem às eleições municipais. No entanto, no pleito deste ano, o número de postulantes ligados a forças de segurança, os “candidatos da bala”, caiu e chegou ao menor patamar desde 2004.
Levantamento do Metrópoles feito com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou ao menos 5.148 candidatos, entre bombeiros, policiais, militares reformados e membros das Forças Armadas.
O número representa uma queda de 24% no registro de candidaturas com essas ocupações em relação às últimas eleições municipais, em 2020. Na época, foram contabilizados 6.802 registros, o maior número nos últimos 20 anos.
Neste ano, o Tribunal Superior Eleitoral recebeu pouco mais de 458 mil pedidos de candidaturas. A quantidade é inferior à de 2020, quando foram registradas 557 mil candidaturas.
Perfil
Em 2024, o PL foi o partido que mais registrou “candidatos da bala”, com um total de 766. Em seguida, vêm o Republicanos (463), União Brasil (448), PP (414) e MDB (386).
Do outro lado da tabela, com menor quantidade de militares, estão o PCO (1), PCdoB (12), Psol (13), PV (20) e Rede (28). O PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem 107 candidatos. Ao todo, são 4.753 postulantes ao cargo de vereador, 198 prefeitos e 197 vice-prefeitos.
Entre os “candidatos da bala”, alguns exemplos são o deputado federal delegado Éder Mauro (PL-PA), a deputada federal delegada Adriana Accorsi (PT-GO), o Capitão Wagner (União-CE) e o coronel do Corpo de Bombeiros Wagner Borges (PRTB-ES).
Metrópoles
