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João diz que governador de Minas Gerais aprofunda lógica de país dividido e desigual

O governador João Azevêdo (PSB-PB), presidente do Consórcio Nordeste, emitiu nota neste domingo (6) classificando como preocupante a defesa feita pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), do protagonismo dos estados do Sul e Sudeste, por ver estímulo a “guerra entre regiões”.

A declaração de Zema foi dada em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Ao falar sobre a criação do Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste), ele disse que a diferença de tratamento às regiões ficou clara durante a discussão da Reforma Tributária e cobrou espaço proporcional.

O mineiro chegou a fazer uma analogia com “vaquinhas que produzem pouco” ao falar sobre distorções de arrecadação e necessidades, dizendo que, se um produtor rural começa a dar um bom tratamento só para essas vacas, “daqui a pouco as que produzem muito vão começar a reclamar o mesmo tratamento”.

Após a repercussão, o governador disse que não está contra ninguém e repudiou o que chamou de distorção dos fatos. Zema defendeu, na entrevista, a criação de uma frente dos governadores em busca de protagonismo político e econômico para o Sul e Sudeste, explicitando a intenção de agirem em bloco para evitar perdas.

Para Azevêdo, a fala “indica um movimento de tensionamento com o Norte e o Nordeste”. O líder do Consórcio Nordeste diz ser preciso rejeitar “qualquer tipo de lampejo separatista” e afirma que a entrevista “parece aprofundar a lógica de um país subalterno, dividido e desigual”.

“Indicar uma guerra entre regiões significa não apenas não compreender as desigualdades de um país de proporções continentais, mas, ao mesmo tempo, sugere querer mantê-las, mantendo, com isso, a mesma forma de governança que caracterizou essas desigualdades.”

Com Folha Online

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