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Preço da laranja pera é o mais alto em 30 anos

No mês de março, a caixa da laranja pera de 40,8 kg é negociada no maior valor real já visto pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

Os dados foram apontados de acordo com a série histórica do produto, iniciada em outubro de 1994.

A caixa está sendo negociada em algumas regiões do estado de São Paulo na casa dos R$ 100 (mercado in natura).

De acordo com pesquisadores do Cepea, a forte valorização da fruta está atrelada sobretudo à escassez de oferta neste período de entressafra, enquanto outras variedades (tardias e precoces) também estão com volumes controlados.

Durante toda a temporada 2023/24, a alta demanda industrial restringiu ainda mais as frutas disponíveis no mercado doméstico.

Assim, diferentemente do comportamento típico de queda de preços da laranja verificado a partir do início da colheita das precoces (entre março e abril), em 2024, a oferta limitada de fruta pode amenizar ou, até mesmo, impedir as desvalorizações.

Diante disso, pelo menos para março, pesquisadores do Cepea indicam que os patamares de preços devem continuar elevados; até mesmo porque o ritmo de crescimento na oferta de laranjas precoces no spot paulista ainda é lento.

As expectativas são pouco otimistas quanto ao volume a ser colhido em 2024/25, é praticamente um consenso de que a produção será menor que a atual.

Os desafios enfrentados por citricultores no segundo semestre de 2023 (devido ao greening e às ondas de calor trazidas pelo El Niño) tendem a dificultar uma colheita volumosa de laranjas neste ano.

Diário do Poder 

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